Escuto muitos temores das pessoas em relação a mudanças na carreira. Resolvi, então, selecionar algumas crenças que não são verdades absolutas e precisam ser repensadas.
Cargo é sinônimo de felicidade
A gente está saindo da era de cargos e buscando cada vez mais a atuação em funções – menos profissões e mais atividades. Felicidade é sinônimo de satisfação e autorrealização, não de status. Ter um cargo é ter status e isso não traz felicidade. Então, busque entender quais são as funções que você gostaria de exercer a partir dos seus talentos e formas de aplicá-los. Isso pode te trazer mais felicidade que um cargo!
Trabalho fixo é sinônimo de tranquilidade
Pode parecer tranquilo ter um trabalho, encerrar o expediente às seis da tarde e não pensar mais a respeito. Trabalho fixo é sinônimo de estabilidade financeira, mas não necessariamente emocional. Além disso, não pulverizar a renda, concentrando toda a segurança em um único trabalho, pode dar uma sensação de segurança, mas não elimina a possibilidade de demissão. A maior estabilidade está em se ancorar em si mesmo, não em uma organização.
Fazer o bem e ganhar dinheiro são antagônicos
Fazer o bem e ter impacto positivo é possível em qualquer setor ou indústria. A questão é saber qual é o tipo de impacto que você quer causar e compreender que fazer o bem não é fazer caridade ou assistencialismo, mas melhorar a vida de alguém. Fazer o bem e ganhar dinheiro são equivalentes e, na minha opinião, são a única opção. O caos já está instaurado e cada um precisa fazer a sua parte resolvendo problemas reais, ganhando dinheiro para conseguir sobreviver e agir em prol dos outros.
Empreender é para quem é criativo
Eu acredito que criatividade é algo nato de todo o mundo. Todos temos este potencial que pode se tornar uma habilidade. A questão é se permitir a olhar para novos mindsets e conceitos a respeito de alguma coisa. Empreender acaba sendo estigmatizado para quem é criativo, mas na verdade é para qualquer um que tenha condições, principalmente as de tomar as rédeas da própria vida e se responsabilizar pelos seus próprios atos.